Bairro da Liberdade

Comecei a trabalhar na Liberdade em 1982 e andei pelas ruas desse bairro, diariamente, até 1994. Foram 12 anos de descobertas de vielas e lojas. Onde encontrar ventarolas japonesas? Onde comprar tamancos japoneses de madeira - gueta -? Onde almoçar por um preço justo?<br>Depois de 1994 voltava para comprar arroz e temperos japoneses, doces e ingredientes para preparar uma refeição tipicamente japonesa, então voltei a rodar as mercearias com muito mais produtos importados que antigamente e comprar balas de leite ou de melancia ou de melão, além dos chicletes de caixinhas com sabor de morango.<br>Todas as ruas — só para citar um exemplo, a Rua Galvão Bueno — são enfeitadas com luminárias que remetem ao oriente e ajudam a criar o ambiente, mas não se engane, a Liberdade é história também: a praça era local de enforcamento de escravos; a existência de um cemitério para indigentes e enforcados em um terreno entre as ruas Galvão Bueno, Glória e Estudantes. Na rua dos Aflitos há uma capela minúscula — Capela Nossa Senhora dos Aflitos — que só se consegue assistir à missa do lado de fora e deveria ser tombada pelo Patrimônio Histórico, já que foi construída por volta 1774 e sofre o risco de cair, já que varios “puxadinhos” dos prédios e lojas foram construídos e abalaram a estrutura da dita capela.<br>Há também o Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil, onde você pode experienciará um pouco da vida dos primeiros japoneses em terras tupiniquins.<br>Seja você um paulistano ou um turista, acredito que a Liberdade possa oferecer algumas horas de prazer culinário ou consumista. Nas próprias lojas do bairro ou na feira de artesanato e culinária que acontece nos finais de semana...<br>